O preço do Dacia Sandero arrasou com a concorrência e levou o modelo à vitória neste comparativo de custos totais de utilização feito pela 4Fleet, mesmo que tenha ficado com valores acima da média em todos os restantes itens
O modelo bateu o Volkswagen Polo, o Citroen C3, o Opel Corsa, o Peugeot 207, o Renault Clio, o Seat Ibiza e o Skoda Fabia. O custo total de utilização do Dacia Sandero, durante 48 meses, 120 mil quilómetros e com 10 pneus de troca, é 20.154 euros, ou seja, 18,56 euros por cada cem quilómetros. O custo médio do veículos analisados em cabaz é de 21.619 euros que corresponde a 18,02 euros por quilómetro.
O factor de maior influência foi o preço. O PVP deste modelo é de quase quatro mil euros abaixo do preço médio de todos os carros do cabaz analisado pela 4Fleet. O Sandero custa 13.700 euros enquanto a média de preços é de 17.263 euros. Logo a seguir ao da Dacia, o modelo mais barato entre todos eles é o Skoda Fabia, que custa 16.783 euros. A diferença entre os dois é de mais de três mil euros. Mas, em relação ao mais caro, o Opel Corsa, a diferença chega quase aos cinco mil euros.
Mesmo considerando que o Sandero tem sempre valores acima da média para os restantes itens analisados pela 4Fleet, é o baixo preço e consequente desvalorização menor que o resto das unidades em análise que faz do Sandero o carro com menor custo de utilização. Embora mantenha apenas 37% do seu valor inicial de compra, o que corresponde a uma desvalorização de 8.625 euros no final de 48 meses, o Dacia consegue, dado o seu baixo custo, ser dos que perdem menos do seu valor em termos absolutos. Assim, enquanto são os pouco mais de oito mil euros que são perdidos, a média indica que 10.597 euros é o valor perdido por todo o cabaz em média. E é ele o único que se fica abaixo dos dez mil euros de desvalorização.
Mas nem tudo são rosas e, como já indicado, nos restantes parâmetros o Sandero perde para os seus concorrentes e fica sempre abaixo da média.
Na manutenção, é o Opel Corsa que tem menores custo. O pequeno utilitário da marca alemã tem um custo de intervenção previsto de 2.305 euros quando a média é de 3.056 euros. Acima deste valor ficam, além do Sandero, o Seat Ibiza e o Skoda Fabia, com 3.714 e 3.775 euros respectivamente.
Nos pneus, o modelo que tem menores custos é o Skoda Fabia, com 879 euros necessários para trocar os dez pneus previstos nesta análise. Todos os restantes pedem mais de mil euros para fazer esta troca, com o Volkswagen Polo e o Seta Ibiza a atingirem os 1.295 euros. A média indica que esta troca se faz por 1.174 euros e abaixo deste valor estão o Renault Clio (1.141 euros), Peugeot 207 e Opel Corsa (ambos com 1.133 euros).
O Dacia Sandero é um dos modelos com maiores consumos. Com um gasto previsto de 6.605 euros em gasóleo, o modelo vencedor desta análise de custos totais de utilização fica apenas atrás do Peugeot 207 no que respeita a combustível gasto, este último com 7.265 euros previstos. Os mais poupados são o Opel Corsa e o Renault Clio, com 5.944 euros disponíveis para serem gastos em combustível. Logo a seguir, e com valores iguais entre os quatro, estão Volkswagen Polo, Citroen C3 , Seat Ibiza e Skoda Fabia. Para estes, o custo estimado é de 6.275 euros.
O Imposto Único de Circulação é outro item onde o Sandero é bastante penalizado. Durante os quatro anos vigentes de contrato, o valor deste imposto apelicado ao modelo da Dacia é de 497 euros, tal como acontece com o Citroen C3, Peugeot 207 e Renault Clio. Todos os restantes modelos pagam 372 euros de imposto.