O Skoda Octavia 1.6 TDI é o modelo com menores custos de utilização entre sete carros de diferentes marcas, de acordo com cálculos e projecções elaboradas pela 4Fleet, a empresa responsável pelos estudos de custos totais de utilização que são publicados nesta páginas.
Uma menor depreciação, bem como custos de manutenção mais baixos, mas também um valor de substituição dos pneus e do Imposto Único de Circulação colocam o Octavia como o modelo com custos de utilização mais baixos. Para trás, ficam, por esta ordem dos custos mais baixos para os mais altos, o Volkswagen Jetta 1.6 TDI, o Fiat Linea 1.3 Multijet, o Toyota Corolla SD 1.4, o Mazda 3 1.6, o Renault Fluence 1.5 dCi e o Chevrolet Cruze 2.0 VCDi (o único com dois litros de cilindrada).
Mas o Volkswagen Jetta, que partilha com o modelo que vence o comparativo o motor, a plataforma e alguns dos materiais interiores e sistemas electrónicos, toma alguns argumentos a seu favor e tem apenas um custo de mais 67 cêntimos por cada 100 quilómetros percorridos. No final do período em análise, 48 meses a 120.000 quilómetros, com trocas de 10 pneus, esta diferença reflecte-se em mais 813 euros.
O Volkswagen Jetta é o modelo do cabaz que mantém o maior valor residual (42%) e também o mais poupado no consumo de combustível, com 6.864 euros a serem necessários para alimentar o motor durante a duração deste contrato. Mas, para os pneus e Imposto Único de Circulação, prevêem-se os mesmos custos: 1.673 euros em borracha e 497 euros em papel.
A diferença é feita na depreciação, onde os 1152 euros a menos que o Octavia perde (ganhando maior valor no fim do período em análise) vão compensar os quase 500 euros que o Jetta gasta a menos durante os 120 mil quilómetros. Mas nada disto faria diferença no final se o preço fosse o mesmo. A prova é que o Jetta tem, de facto, mais valor residual – ou seja, conserva melhor o seu valor no fim da utilização – do que o Skoda Octavia, que desvaloriza mais.
O preço do carro manda muito. E a verdade é que dentro do lote analisado o Octavia tem o preço mais baixo e o Jetta o preço mais alto.
Indo ao detalhe de cada item analisado pela 4Fleet, cada modelo tem os seus argumentos. No Valor Residual, é o Toyota Corolla que ocupa o lugar cimeiro, com 45% do seu valor residual mantido, mesmo considerando que se trata de um dos modelos mais antigos em análise e a única versão ainda mantida do mítico carro nipónico. No pólo oposto, está o Fiat Linea que, ao fim de 48 meses vale apenas 29% do seu valor inicial. Refira-se que a média de Valor Residual entre os sete modelos é de 37 por cento.
Os valores de depreciação são ditados pela percentagem do valor residual mantido que fica, em relação ao preço de venda ao público. Depois do Octavia, o Fiat Linea é aquele que tem menor depreciação, 15.354 (mas recorde-se que estes pouco mais de 15 mil euros são 71% do seu preço inicial). O carro que sofre uma depreciação de maior valor é o Renault Fluence, com 18.050 euros. A média é de 16.611 em relação ao lote.
O custo de manutenção médio para os sete modelos analisados é de 3.184 euros. Os modelos que ultrapassam este custo são o Mazda 3 (3.458 euros), o Renault Fluence (3.256 euros) e o Toyota Corolla (3.361 euros). Os restantes quatro têm custos de manutenção que se situam entre os 3.144 euros do Fiat Linea e os 2.954 euros do Skoda Octavia, o valor mais baixo para a manutenção dentro do lote analisado pela 4Fleet.
Já nos pneus, onde são efectuadas trocas para dez unidades, nunca se gasta menos de 1.672 euros (Toyota Corolla), mas os restantes modelos pedem pouco mais que isso – o máximo será 1.883 euros do Fiat Linea. A excepção será o Chevrolet Cruze, onde se pedem 2.939 euros para trocar os dez pneus previstos nesta análise.
No combustível, os consumos entre o Mazda 3, o Renault Fluence, o Skoda Octavia e o Toyota Corolla situam-se entre os 7.191 (Mazda 3) e os 7.682 (Toyota Corolla). O mais poupado é o Volkwagen Jetta (6.864 euros); o mais gastador o Chevrolet Cruze (9.153 euros).