TCO FM18

A decomposição dos custos totais de utilização mostra que os factores para determinado modelo ter os custos de utilização mais baixos são os mesmos nas variantes berlina e carrinha. Mas, nestes últimos, os valores residuais são mais altos.

Nos BMW Serie 5, Mercedes-Benz E e Audi A6, as carrinhas têm um custo de utilização mais elevado do que as versões berlina do mesmo modelo. E destes, o BMW tem o TCO mais baixo nas duas versões.

Estas conclusões são retiradas a partir do estudo dos custos totais de utilização, elaborado pela 4Fleet, que compara um lote de três viaturas entre si, mas acrescenta ainda o factor de considerar duas versões de cada modelo: o carro e a carrinha.

Assim, colocam-se lado a lado o BMW 520d, o Mercedes-Benz E 220 CDI e o Audi A6 2.0 TDI para averiguar aquele que tem menos custos de utilização. Os critérios são, como sempre, o preço de venda ao público, a depreciação e os custos com manutenção, pneus, combustível e IUC.

Quase todos os custos sobem na carrinha. Se considerarmos o BMW Serie 5, que vence, nas duas verões, este comparativo, só o custo dos pneus é que se mantém inalterado nas duas versões.

O custo total de utilização de um BMW 520d 184 cv é de 43.061 para 48 meses e 120 mil quilómetros percorridos. Já na versão Touring, sobre para os 44.907 euros. Simplificando para o custo a cada 100 km, a berlina custa 35,8 euros e a carrinha 37,4 euros.

O mesmo acontece nos seus concorrentes. O Audi A6 2.0 TDI custa 45.810 euros nas mesmas condições, ao passo que o Mercedes-Benz E 220 CDI fica por 48.556 euros. A 100 km, o Audi com 38,17 euros e o Mercedes-Benz 40,46 euros.

Nas versões carrinha, o Audi fica por 46.996 euros ou, traduzindo, 39,14 euros ao passo que no Mercedes-Benz os valores ficam nos 47.732 euros ou 39,78 a cada 100 quilómetros.

A decomposição dos factores indica que os motivos para que o BMW seja o mais barato das três unidades analisadas em cada versão são os fortes valores residuais e os valores de manutenção e troca de pneus (considerados 10 pneus para cada unidade). O preço também tem alguma influência, mas a viatura mais barata em preço de aquisição é o Audi nos dois casos.

O BMW consegue valores residuais mais elevados que os seus concorrentes, que se transmitem depois na depreciação a que a viatura é sujeita ao fim dos 48 meses. Mas há diferenças para as duas versões. O Serie 5 mantém 44% do seu valor inicial na berlina, enquanto na carrinha ainda consegue chegar aos 46%. Esta é, aliás, uma tendência comum aos três modelos, embora menos importante dos outros dois modelos.

Mais interessante é a forma como os valores de manutenção variam. Embora o BMW os tenha mais baixos que os seus concorrentes nas duas versões, há uma diferença de 188 euros entre a carrinha e a berlina (a primeira mais cara), que não ocorre nas outras duas marcas.

É no custos com os pneus que está a maior diferença. São considerados 2.889 euros para troca de pneus no BMW, seja berlina ou não, ao passo que o Audi exige 3.227 euros para o A6 (novamente nas das versões). O Mercedes-Benz E tem um custo com pneus de 3.373 euros para o carro, mas sobe para os 4.162 euros na versão carrinha.