Quais foram os acontecimentos mais importantes para este setor das frotas em 2016?

O ano começava logo com a notícia de que o imposto sobre os combustíveis ia subir. E o que se veio a verificar, por causa do imposto, ou não, foi que o preço dos combustíveis aumentou mesmo 14,5 cêntimos por litro de gasóleo.

O Orçamento de Estado trazia algumas novidades, embora com poucos efeitos para as empresas. Ainda relacionado com o setor automóvel, estava para se conhecer o novo sistema de carta por pontos ou o novo sistema de radares de velocidade.

 

A ACAP esperava apenas 5% do crescimento do mercado automóvel mas, pela segunda vez, a associação foi completamente surpreendida pela realidade.

O renting mostrava-se otimista, com uma expetativa de crescimento também de 5%, que veio mesmo a ser superada em três pontos percentuais. O leasing acabaria por ficar com os restantes carros que foram vendidos, com um crescimento de 20 por cento. No conjunto, leasing e renting passaram a valer 31,4% do mercado nacional.

Ficava a conhecer-se também a força que o rent-a-car tinha nas vendas do mercado nacional, com 22% do mercado à sua conta no fecho de 2015.

 

Este setor mostrava-se dinâmico. A ALD Automotive adquiria a Parcours e a FLEET MAGAZINE fazia a primeira entrevista com o novo diretor-geral da empresa, Manuel de Sousa. Com uma vasta experiência internacional, este viria mesmo a admitir que, por cá, “as empresas são obrigadas a fazer um esforço muito maior do que noutros países para ter carro”.

2016 foi o ano de consolidação deste setor. A Arval começava a receber os frutos do processo de aquisição da GE, que veio trazer-lhe mais de 3700 viaturas para gestão. Chegava o novo diretor-geral para a gestora, uma cara conhecida no meio, mas com o trabalho dos últimos anos desenvolvido no Brasil, Grécia e Bélgica. A primeira entrevista foi para a FLEET MAGAZINE, defendendo do principio ao fim que a compra da GE iria transformar a Arval numa empresa melhor.

A própria Leaseplan mudava de mãos, deixando de ter o VW Group como acionista. E a Athlon era comprada pelo grupo Daimler. através da Mercedes-Benz Financial Services Nederland, subsidiária holandesa da Daimler Financial Services.

 

Mas a maior surpresa terá sido a Finlog, uma gestora que resolveu sair do seu núcleo de clientes tradicionais e veio a ganhar alguns concursos de grande volume, sobretudo do Estado, como a CM de Oeiras, a Empresa de Eletricidade da Madeira e as Águas de Portugal.

 

Nas marcas, a Toyota começa um renting em nome próprio, com o apoio da ALD, e a KIA faria o mesmo, mas com a Leaseplan. A Nissan torna-se o maior acionista da Mitsubishi, a SIVA lança o seu portal para empresas e a Mercedes-Benz recebia o novo diretor-geral.

 

Os elétricos passaram de tema de conversa para uma realidade que era tudo menos virtual. Praticamente todas as marcas anunciaram lançamentos de elétricos nos próximos tempos e a mobilidade, de uma forma geral, passou a fazer parte do léxico do setor automóvel e das frotas das empresas. Eis alguns dos acontecimentos nessa área em 2016:

O lançamento do Flexiplan pela Leaseplan e do estudo Mobility Monitor

 

– O estabelecimento da Cabify em Portugal

– A entrada do grupo PSA na TravelerCar

– A estratégia 360º da Europcar

– A entrada da Daimler na MyTaxi e Hailo

– A colaboração entre a Volvo e a Uber

– A solução de carsharing da Hertz

– Os planos nacionais de mobilidade elétrica

– E a criação da Moia pelo grupo Volkswagen

 

Nos comerciais, a Hyundai voltava a aparecer, com o H350 como ponta-de-lança. A Ford lançava um novo motor para a Transit e a Fiat o seu Talento. O grupo PSA apresentava uma estratégia conjunta para comerciais ligeiros e a Mercedes-Benz fazia uma mega-apresentação para mostrar a sua visão para o futuro deste tipo de viaturas.

A FLEET MAGAZINE fazia a sua 5ª Conferência Gestão de Frotas e atribuía os Prémios do setor.

Era também o ano da renda mais baixa para o público em geral: 170 euros por mês, num Seat Ibiza 1.0.