FISCALIDADE – A fiscalidade não devia ser um risco para as empresas que têm viaturas, mas dadas as variações que ocorrem quase todos os anos, é preciso tomar em consideração estes custos. Desde as alterações na Tributação Autónoma sobre todos os custos relacionados com as viaturas, ao ISV ou outros impostos, como aquele que respeita às viaturas N1, são tudo questões que podem alterar os custos. E, no caso da Tributação Autónoma, não esquecer que as taxas a considerar são as do regime fiscal em vigor e não as do ano em que foi adquirida a viatura.

 

CONDUTORES – Podem ser o melhor parceiro, mas também o maior obstáculo a uma gestão de frota eficiente. São considerados o principal fator de preocupação e, como se verá mais adiante, capazes de influenciar a maioria das restantes causas de risco.

E este aparece por vários motivos: o descontentamento do condutor com a empresa pode refletir-se na forma como trata o automóvel. Este desagrado pode simplesmente ter origem na viatura que lhe foi atribuída ou na desigualdade de tratamento dentro da mesma categoria profissional.

 

VIATURA – Um risco evidente por causa da fiabilidade do carro, mas também devido ao desajustamento da escolha face à função. Além dos custos de aquisição, devem entrar em linha de conta fatores de eficiência, conforto e disponibilidade de equipamento. Outros contam e nem sempre são evidentes: a rapidez nas operações de manutenção, que obriga à paragem das viaturas, ou até a escolha da cor, que pode influenciar o número de ações de controlo policial ou de assaltos de que são alvo, sobretudo no caso de comerciais ligeiros derivados de turismo.

 

CONDUÇÃO e EFICIÊNCIA – Manifesta-se das mais diversas formas e influenciado pelos dois fatores anteriores. Os custos com combustíveis pesam cada vez mais, pelo que um veículo eficiente, aliado a uma boa condução, ao estado mecânico da viatura e à escolha ou planeamento das melhores rotas, são contributos bastante importantes para a redução destes encargos.

 

MANUTENÇÃO Viatura parada é dinheiro que não entra”, como se diz na gíria de gestão de frotas. A capilaridade da rede de manutenção, em concessionários da marca ou em redes independentes, é essencial sobretudo em frotas de grande expressão territorial. Por isso, durante o processo de seleção este é um dos itens que desperta maior atenção e com grande peso na decisão final. A qualidade do serviço interessa e há casos em que a opção por uma marca, em detrimento de outra, tem como principal razão a maior abrangência da rede de manutenção da viatura.

 

SINISTRALIDADE – Além dos custos diretos, no caso de o acidente ser imputado ao utilizador da empresa ou do seu tratamento burocrático, a imobilização da viatura e, em casos mais graves, do próprio condutor por razões de saúde, podem representar um sério revés para a atividade operacional da empresa.

Os gestores de frota incluem no capítulo da sinistralidade as infrações às regras de trânsito, incidentes que a maioria das organizações penaliza cada vez mais os infratores, sobretudo depois da entrada em vigor do regime da carta por pontos.

 

CONSERVAÇÃO/RECONDICIONAMENTO – Apesar da questão dos recondicionamentos continuar a ser um assunto contestado, é um parâmetro com cada vez menos importância. Em parte porque depende muito da gestão dos outros riscos, depois porque se trata de um encargo adicional do qual cada vez mais empresas começam a aprender a proteger-se, seja através de seguros ou do aumento da responsabilização do utilizador.