O Seat Tarraco junta-se ao Leon PHEV e é mais uma proposta plug-in da marca espanhola com potencial para empresas.
Enquanto o Leon 5 portas e carrinha se inserem no primeiro escalão da Tributação Autónoma (tributação de 5% dos respetivos encargos, uma vez que tem um custo de aquisição inferior a 27.500 euros e cumpre os requisitos de 50 km de autonomia exclusivamente elétrica e de emissões CO2 abaixo de 50 g/km), o Tarraco encaixa-se no escalão de TA imediatamente acima (encargos a taxa reduzida de 10%), possuindo argumentos (habitabilidade, qualidade de construção e equipamento) que rivalizam com alguma concorrência do segmento imediatamente acima.
Mas se estes predicados podem ser suficientes para fundamentar a escolha de alguns utilizadores das empresas, a adição das baterias impede-lhe outro argumento igualmente importante: o Tarraco plug-in só está disponível em versões com 5 lugares.
Por causa disso passa a contar também com uma bagageira de dimensões apreciáveis, com 610 litros de capacidade, indica a SEAT.
Desenhado e desenvolvido na sede da SEAT, em Martorell, o Tarraco e-HYBRID é produzido em Wolfsburg.
Solução mecânica igual à do Leon… Cupra!
O SEAT Tarraco e-HYBRID utiliza uma solução mecânica semelhante à do SEAT Leon, igual à dos desportivos CUPRA Leon e CUPRA Formentor: um motor a gasolina 1.4 TSI de 150 cv (110 kW), associado a um motor elétrico de 85 kW (115 cv). No Seat Leon, é utilizado um elétrico com 75 kW (102 cv).
O resultado é uma potência combinada de 245 cv (180 kW) e 400 Nm de binário, bem geridos e aproveitados por uma caixa DSG de seis velocidades. O que fica bem patente nos tempos de resposta que fazem do Tarraco plug-in um dos SUV mais rápidos do seu género.
A tração é sempre dianteira, o que lhe permite ser classe 1 associado a um dispositivo eletrónico de cobrança de portagem.
Desempenho do Tarraco plug-in
A bateria de iões de lítio de 13kWh está colocada na parte traseira, aproveitando o espaço utilizado para a recolha dos bancos suplementares do Tarraco de sete lugares (que no plug-in não existem) e ainda aquele que sobra da redução do tanque de gasolina, que passa a ter 45 litros de capacidade, em vez de 58 litros.
A distribuição mais repartida de pesos, juntamente com uma taragem mais firme da suspensão traseira (submetida a mais peso), reflete-se de forma positiva na estabilidade e no equilíbrio em curva, com menos inclinação da carroçaria.
Também fora de estrada, a distribuição equilibrada de pesos revela-se uma vantagem. Apesar de contar apenas com tração dianteira, um binário de motor rápido a revelar-se, o comportamento da suspensão traseira e a altura ao solo admitem-lhe algumas incursões em terreno mais irregular e escorregadio.
Arrancando sempre em modo elétrico, o sistema permuta automaticamente para o modo híbrido quando a bateria deixa de ter energia suficiente, ou quando atinge o nível de energia definido pelo condutor. Este valor pode ser reservado ou recuperado com ajuda do motor de combustão (além, naturalmente, por via de carregamento externo) e pode ser destinada para percursos que têm de ser obrigatoriamente feitos sem emissões.
Há diferentes modos de funcionamento híbrido do Tarraco plug-in, alguns acessíveis através de botões na consola central (e-mode, S boost) e é possível ajustar três níveis de travagem regenerativa.
Velocidade, tempos de carga e autonomias
A bateria do Tarraco plug-in carrega sempre em corrente alterna, a partir de uma tomada instalada no guarda lamas dianteiro esquerdo.
Com uma velocidade máxima de carregamento de 3,6 kW necessita de cerca de 3,5 horas ligado a uma wallbox com esta capacidade ou de sensivelmente 5h40 m através de uma tomada doméstica de 2.3 kW.
Em condução exclusivamente elétrica, a autonomia combinada aferida em WLTP é de 49 km (WLTP) e superior a 50 km em cidade, podendo ser utilizada até aos 140 km/h.
A autonomia máxima conjunta fornecida pelas duas fontes de energia é de 730 km.
As emissões de CO2 do SEAT Tarraco e-HYBRID situam-se entre as 37 e as 47g/km e os consumos homologados variam entre 1,6 e 2,1 litros.
Na apresentação do modelo, não percorremos mais do que 35/36 km em modo exclusivamente elétrico, embora parte significativa do percurso inicial fosse autoestrada.
Mas a eficiência da solução, já revelada noutras unidades do grupo Volkswagen, permite médias de consumo de gasolina bastante interessantes para a volumetria e peso do Tarraco, mesmo a funcionar apenas em modo híbrido.
Vantagens fiscais para o Tarraco plug-in
Porque a mecânica plug-in reúne condições para ser elegível para alguns benefícios fiscais destinados a este tipo de veículos – emissões inferiores a 50 g/km e autonomia exclusivamente elétrica superior a 50 km –, eis algumas vantagens para empresas e ENI com contabilidade organizada:
- Dedução do IVA do custo de aquisição;
- Taxa de Tributação Autónoma aplicada aos encargos reduzida de 27,5% para 10% (no segundo escalão de TA para empresas) e reduzida de 20% para 10%, no caso de ENI com contabilidade organizada;
- Depreciação ou amortização total do valor do custo de aquisição (se até 50 mil euros sem IVA, a uma taxa máxima de 25%/ano; a depreciação abate ao lucro da empresa e é sujeita a TA mais reduzido).