Furgão médio, furgão compacto ou derivado de 2 lugares?
Qual o melhor tipo de carrinha se optar por um renting de comerciais?
A alternativa aos derivados de 2 lugares tem sido os furgões médios por causa do ISV no preço de venda. E isto, apesar dos consumos e da falta de conforto dos furgões.
Mas será que compensa?
Uma análise aos custos de utilização destas 3 tipologias de veículos vem mostrar alguma conclusões. O objetivo foi tentar perceber (e quantificar) em que medida os furgões médios e compactos representam uma economia de custo face aos derivados de turismo do segmento B.
Estas conclusões referem-se a uma série de modelos, seja por aquisição ou em renting de comerciais.
Que comercial tem custos de utilização mais baixos?
Para um período de 4 anos/120 mil quilómetros, é um furgão compacto que apresenta custos de utilização mais reduzidos.
É isto que explica porque passaram a fazer parte da frota de algumas empresas, em vez dos derivados de Turismo, mesmo quando a sua maior capacidade de carga não o justifica.
Não só tem um preço de aquisição menor (por vezes, menos de 13 mil euros sem IVA), como o renting comerciais custa pouco mais de 200 euros/mês.
Os custos de manutenção e de pneus (incluídos em renting) são também mais reduzidos do que os outros furgões em causa.
Vantagens de renting comerciais:
As vantagens para as empresas pela utilização de renting comerciais são:
- Dedução do IVA das aquisições
- Isenção de Tributação Autónoma
- Dedução de 50% do IVA pago nos abastecimentos de gasóleo
O que acontece nos derivados de Turismo:
A partir de julho de 2012, os automóveis de 2 lugares derivados de carros de turismo passaram a pagar a totalidade do ISV, o que veio agravar o seu preço final.
Os derivados de turismo não são tributados pela taxas reduzidas nem pela taxa intermédia de ISV, por terem caixa de carga inferior a 120 cm. Na prática, são considerados ligeiros de utilização mista e de mercadorias,
Estes automóveis acabam mesmo por ter um preço de aquisição mais elevado do que as correspondentes versões de passageiros, uma vez que o cálculo do imposto tem apenas em conta a cilindrada (Tabela B), sem a atenuante da componente ambiental.
O IUC, Imposto Único de Circulação, é também mais elevado nos derivados de Turismo, chegando a ser seis vezes maior do que o de um furgão equipado com o mesmo motor.
No entanto, há casos em que os derivados de turismo estão a regressar, seja devido à falta de conforto (mais perceptível em autoestrada e percursos mais longos) ou aos gastos mais elevados de combustível.
Mais pesados em alguns casos e com uma aerodinâmica que não colabora, os furgões revelam têm consumos (e emissões) significativamente mais altos.
De facto, a comparação direta entre as versões de 2 lugares derivadas de turismo e os furgões médios, permite descobrir custos de utilização bastante aproximados.
Mas numa contabilidade de custos “pura e dura” a vantagem dos furgões compactos acaba por ser evidente.