Não tem o PVP mais baixo nem o melhor valor residual. Mas esta análise TCO efetuada pela 4Fleet mostra que as poupanças registadas com a manutenção e com os consumos tornam o Nissan Leaf uma alternativa mais económica do que um diesel ou um híbrido.

Os incentivos à compra e utilização de veículos elétricos que constam no OE 2015 podem ser atraentes para algumas empresas interessadas em introduzir este género de modelos nas respetivas frotas.

As despesas com modelos elétricos não estarem sujeitas a tributação autónoma, o IVA ser dedutível mesmo tratando-se de versões de passageiros (situação que não está sequer contemplada nesta análise) e, exceto em contratos renting, ser aplicada uma dedução de 4.500 euros sobre o PVP no abate de um automóvel com mais de 10 anos são alguns dos incentivos oficiais.

As viaturas 100% elétricas estão também isentas do Imposto Anual de Circulação.

Apesar de parecer ter um carácter mais simbólico, há que acrescentar outra não menos importante: a imagem ambiental revelada pela organização que tenha veículos elétricos ao seu serviço, traduzida ainda na redução da sua pegada ambiental.

tco nissan leaf

Motores térmicos cada vez mais complexos

 

O cerco acelerado que as cada vez mais exigentes normas ambientais europeias estão a fazer sobre os motores a gasóleo tem obrigado os construtores a introduzirem mais dispositivos de retenção de poluentes. O que em alguns casos provoca reflexos nos custos de utilização (aditivos) e de manutenção, apesar de anunciarem intervalos preventivos cada vez mais alargados.

Esta vantagem é uma das que está melhor refletida neste estudo e que mais contribuiu para dar vantagem ao Nissan LEAF. Os custos de manutenção deste modelo 100% elétrico são baixos, já que dispensam as revisões normalmente associadas a um motor térmico – óleo, filtros, etc. – e também porque não englobam aditivos ou cuidados com catalisadores.

Consumos. A maior vantagem no TCO

nissan leaf_carro_eletrico_fleetmagazine_ptOs grandes obstáculos geralmente apontados à maior presença de viaturas elétricas nas frotas são a autonomia e o seu preço de custo. Este último com consequências importantes nas rendas praticadas nos contratos de financiamento.

Como se viu, a questão dos custos é claramente atenuada por efeitos fiscais, mas também pelos descontos praticados pela Nissan nas vendas a empresas. O estudo da 4Fleet contraria também a ideia generalizada de uma desvalorização elevada, ao considerar um VR de 45% após 4 anos de contrato.

Sem surpresa, a maior vantagem do Leaf face aos modelos do comparativo são os consumos: somente 35% da média em análise. Os custos com o “combustível” (eletricidade) são de apenas 1,80 euros a cada 100 km, considerado um consumo de energia de 12 kWh a cada centena de quilómetros e um preço de 15 cêntimos por quilowatt/hora.

O único ponto a desfavor do LEAF são os pneus: as jantes de 16’’ do carro da Nissan albergam pneus 205/55, que se caracterizam pela baixa resistência ao rolamento, como forma de reforço da autonomia do veículo.

O LEAF tem uma garantia de 36 meses ou 100.000 km para os componentes não elétricos e de 60 meses ou 100.000 km para os componentes elétricos.