Um estudo sobre os custos de utilização do automóvel, realizado pela Leaseplan, concluiu que Portugal se encontra na média europeia e no mesmo patamar de Espanha no que respeita aos veículos a gasóleo.

Em Portugal, o custo médio mensal de um carro a gasóleo é de 477 euros (478 euros em Espanha) e de 525 euros nos veículos a gasolina.

Esta é uma das conclusões do LeasePlan CarCost Index 2016, que avalia os custos de propriedade de automóveis e a utilização de carros a gasolina e gasóleo em 24 países europeus.

Este estudo internacional mapeia todos os parâmetros do custo de um automóvel em grande detalhe, aproveitando o conhecimento e experiência da LeasePlan a partir da sua própria frota multimarca, usando a metodologia Index.

Estes são os custos totais de utilização do automóvel por mês em cada um dos 24 países europeus analisados:

Em 6 países europeus, conduzir um carro a gasóleo é mais caro do que conduzir um carro a gasolina: Finlândia, Holanda, Polónia, Roménia, Republica Checa e Hungria

Embora o preço do gasóleo seja mais barato que o preço da gasolina, outros fatores, como impostos mais caros, seguros ou encargos de manutenção, explicam o maior custo total para os veículos a gasóleo nestes países.

De facto, o estudo evidencia a forte correlação entre o custo global elevado e o Imposto de Circulação/IVA entre os dois tipos de veículos para os países mais caros (Itália, Países Nórdicos e Holanda) e vice-versa para os países mais baratos, menos sujeitos a tributação (Hungria, República Checa e Roménia).

Tal pode ser visto como um reflexo dos movimentos “verdes” relativamente fortes nos países mais caros, o que se traduz em regulação ambiental via tributação.

Por exemplo, na Holanda o IVA e o Imposto de Circulação somam 31% dos custos totais de condução de um veículo a gasóleo.

Quando se trata de veículos a gasolina, a Noruega é o número um em impostos, o que pode acrescentar até 29% do custo total.

“A depreciação e a falta de controlo dos custos dos veículos são dois fatores que podem tornar a tradicional propriedade do carro menos competitiva relativamente ao renting ou outras alternativas de mobilidade. A nossa presença em toda a cadeia de valor automóvel, assim como a nossa escala global, permite-nos gerir os nossos veículos em renting com custos muito competitivos e, na verdade, a um custo mais baixo para os nossos clientes. Devido à complexidade dos vários custos do veículo, recomendamos que os potenciais proprietários de automóveis ou gestores de frota pesquisem e analisem antes de decidirem a compra de um carro novo ou usado”, alerta António Oliveira Martins, Diretor-Geral da LeasePlan Portugal.

A depreciação representa o maior custo de utilização de um automóvel, com 37%. O imposto de circulação e o IVA representam 20%, enquanto o combustível contribui 16%. Isto significa que os proprietários de automóveis têm relativamente pouca influência sobre os custos

Dos custos de manutenção à depreciação do veículo

A análise incide sobre os parâmetros de custo total dos veículos no segmento de veículos utilitários e familiares, como o Renault Clio, Opel Corsa, Volkswagen Golf e Ford Focus.

O índice compara os custos mais importantes, como o preço de compra, custos de depreciação, reparações e manutenção, seguros, impostos e despesas de combustível, incluindo pneus de inverno, se exigido por lei.

A análise é baseada nos primeiros três anos de custos operacionais e uma quilometragem anual de 20.000 kms.

Os custos da mão-de-obra representam uma parte significativa das despesas de reparação e de manutenção e o o preço do valor/hora é responsável pela variação entre países.

Por exemplo, os custos de manutenção  e assistência em viagem são 15% mais elevados na Suécia, com um custo total de 85 euros, sendo que o preço da mão de obra neste país é três vezes mais elevado do que na Turquia, que tem os custos mais baixos, apenas 28 euros por mês.

A depreciação é outro valor variável consoante os Estado e dependente de fatores externos.

Na Europa, o custo médio de depreciação dos veículos de pequena e média dimensão representam 37% do custo total.

Mas na Hungria, o baixo custo global deve-se principalmente ao preço de compra inferior à média, o que afeta positivamente os custos de depreciação.