É opção face ao D3 a gasóleo?
A autonomia elétrica do Volvo XC40 T5 PHEV não é muita, mas o facto de ser plug-in e beneficiar de um regime fiscal mais favorável, além de utilizar um motor a gasolina mais compacto com vantagens para o IUC, tornam-no numa proposta interessante para as empresas.
Desde que os condutores tenham consciência de que a potência total anunciada não serve para tornar este XC40 num desportivo.
A Volvo desenvolveu um SUV compacto que não é mais do que uma mera redução dos modelos maiores da marca no que à silhueta diz respeito.
O XC40 tem características e identidade próprias, apesar de estarem presentes detalhes importantes da marca, como é o caso da grelha dianteira ou do desenho da iluminação.
O Volvo XC40 é o modelo que estreou uma nova plataforma preparada para receber todos os tipos de mecânica, incluindo eletrificadas.
Esta versão é a primeira a poder ligar-se à ficha – a totalmente elétrica deve chegar ainda este ano.
Com uma posição de condução mais elevada, a habitabilidade, a versatilidade e a tecnologia que propõe apontam-no para um consumidor mais urbano e individualista.
Apesar do maior peso do conjunto e do ponto de partida ser um motor a gasolina de três cilindros, a verdade é que nada disto se evidencia em termos de comportamento, ruído ou vibrações inconvenientes.
A suspensão “segura-o” bem, mantendo o conforto e a confiança a bordo. Tem 262 cv, mas não deve ser encarado como um carro desportivo.
Se o peso no pedal direito for maior, toda a eficiência e contenção de custos de utilização se desvanecerem em consumos que facilmente podem chegar aos 10 litros… de gasolina.
Esta versão do XC40 permite selecionar vários modos de condução, incluindo um “off-road” que aumenta as capacidades de tração em condições mais difíceis de terreno.
Por defeito, o modo híbrido faz a gestão automática das duas mecânicas em função da condução (com a entrada em ação do motor a gasolina de forma quase impercetível), um modo puramente elétrico enquanto a energia acumulada na bateria o permitir e ainda um modo desportivo, para máxima performance.
Existe ainda a possibilidade de utilizar o motor de combustão como gerador de energia.
Impressões
Nos mais de 400 km de ensaio feitos maioritariamente em estrada com este Volvo XC40 e com uma condução que tentou retirar partido da pouca energia que foi regenerando após uma carga inicial completa (que ficou aquém dos 54 km de autonomia elétrica homologada), o computador de boro assinalava 5,9 litros de consumo médio de gasolina.
Alguns valores intermédios de 7,4 litros mostram que é possível manter o consumo controlado utilizando-o somente no modo híbrido, mas, para isso, torna-se necessário saber dosear a aceleração e efetuar uma condução que consiga antecipar as condições de circulação.
O Volvo XC40 permanece um dos SUV compactos mais agradáveis e confortáveis de conduzir. A suave transmissão automática de sete velocidades desta versão plug-in aumenta ainda mais tais sensações, especialmente quando se circula em cidade ou situações de muito trânsito.
O espaço traseiro não é muito mas a mala de 460 litros de capacidade (o mesmo espaço das versões a gasóleo ou a gasolina) cumpre o propósito, apesar da instalação da bateria.
A potência de carregamento é de 3,7 kW. Isto significa que são precisas cerca de três horas para completar a carga ligado a uma wallbox, através de uma ficha de tipo 2/Mennekes.
No interior, um Volvo em todos os sentidos – a qualidade evidencia-se nos detalhes e nos acabamentos.
A bordo continua presente o vistoso ecrã digital tátil de 12,3 polegadas, ao alto e bem ao centro do tablier, a partir do qual se comandam o sistema de som, a ventilação, a navegação, as imagens da câmara traseira e as muitas ajudas à condução incluídas nesta versão.